quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

À toa

Procuro-te; te procuro
Procuro a ti; a ti procuro
Procuro. Me perco.
Procuro, procuro, procuro...
Procuro, mas te perdi
e não te acho mais.
Mas ainda procuro...
Me perdi, só te procuro.
Me perco e não me acho mais.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Caneta e papel

Solto palavras soltas
Solto
Pego caneta e começo
Solto
De leve, deslizando pelas linhas
Solto
Rabiscando meus sentimentos,
Letra por letra
Solto
A caneta e olho
As imagens soltas na minha memória
Solto
Recomeço a rabiscar, e desenho
Solto tinta, formo palavras, frases bonitas
E solto, vou recompondo meu versos
Solto um por instantes
Mas um sem o outro não vive
Solto, pego a caneta e o papel
E volto a soltar as palavras

domingo, 9 de outubro de 2011

Sem conserto


- Já limpou isso aí?
- Ainda não, tô sem vontade, com preguiça. Sei que vai demorar demais...
- Ah, limpa logo! Vai ficar juntando lixo? Isso aí vai virar uma bagunça.
- Cara, isso na verdade é uma bagunça. Aliás, era uma grande bagunça. Não tô nem um pouco a fim de tocar nisto aqui. Dá uma olhada!
- É, isso tá feio. O que você fez com isto? Cara, como você conseguiu fazer esse estrago?
- Não fui eu! Teve uma galera, um monte de gente que saiu mexendo...daí, o resultado.
- E como você deixa tanta gente mexer numa coisa sua? Não é qualquer um que pode mexer nas suas coisas, amigo. Tem muita gente que não tem, mas você tinha que ter mais cuidado com isto, já que era seu.
- Era não, é. Tá assim: quebrado, estragado, rachado, faltando pedaço, mas ainda é meu.
- Nossa, muito bom!..E tem conserto, irmão?
- Cara, pra ser sincero, acho que não. Tá numa situação muito ruim, já perdi um bocado de peças, acho que dessa vez não tem mais jeito...meu coração não tem mais conserto.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A violência de uma resposta


Lembro de sempre, desde bem novo, evitar falar muito. Evitava até mesmo responder sobre algo que tivesse me chateado. Tinha certo medo de falar. Digo falar referindo-me a um diálogo claro, porque sempre tive medo de ferir alguém com uma resposta minha, franca e pronta. Aquelas respostas “espertinhas”, cruéis de crianças inocentes, respostas que brincam de pique com a nossa razão. E a razão sempre perde. E a gente sempre perde a razão com essas respostas.
Todos concordam que um soco dói e pode ferir; com uma facada acontece o mesmo. Não falava porque tinha medo de golpear alguém; não falava porque tinha medo de esfaquear alguém. Um golpe fere, eu sei, sabemos. Uma facada mais ainda. Mas a resposta quando foge da razão não deixa de ter a mesma violência, não tem menos potência que um golpe furioso. O problema é que uma dessas respostas pode causar feridas sérias, irreversíveis. Eu prefiro - e sempre preferi – observar e escutar. Ficar calado e hesitar em falar demais. Se uma dessas respostas foge, eu posso perder o pique, e razão vai ficar cada vez mais difícil de estar com a vez.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Olhos

Olhos de bem
Lindos, grandes, leves
Veem

Olhos de quem
Ama, sorri, sonha
Muito e além

Olhos de quem voa longe
Vai até o infinito
E vem

Olhos de sempre, de nunca
Olhos de quem uma hora cansa
E muda

Olhos inocentes, seus olhos
Olham os inocentes, me olham
E veem

Olhos insanos, descontrolados
Olhos perdidos, descuidados
Que só amam,
E não veem nada além de amores no céu estrelado

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Inspiração

Inspiração para eu ganhar dinheiro
Para mudar o mundo inteiro
Para botar tempero na nossa paixão

Inspiração para dormir e sonhar
Para cair e levantar
Para acordar e tentar não mais viver em vão

Inspiração pra nos teus olhos olhar
Para no teu rosto tocar
E fazer uma canção

Inspiração para sentir no ar
Para seu cheiro guardar
No meu coração

Inspiração para misturar palavras carinhosas
E te dar num poema amassado
Junto ao meu coração

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Por acaso


Reparei de forma contínua em algumas atitudes minhas. Talvez tenham sido involuntárias, talvez tenham sido mirabolantemente planejadas.
O problema é que essas atitudes parecem tocar junto ao sino da Igreja, que toca diariamente ao meio-dia. Essas atitudes parecem ser constantes e iguais. E a rotina é um certo problema que todo homem carente tem.
Não que eu seja totalmente carente, mas sozinho eu busco a paz. Prefiro buscar, sozinho, uma paz difícil demais de ser encontrada a buscar uma paz mascarada e recheada de confusões.
De qualquer maneira, estou contente por estar vivendo. Se dissesse que estou feliz, estaria mentindo. Feliz é uma idealização, é o sonho americano, é utopia, é o ápice do lado claro da vida. Consigo me contentar com o acaso e provar pra mim mesmo que tenho conexão.
Por acaso eu canto, escrevo, danço. Por acaso eu invento, eu amo.
As atitudes que citei no início? Deixam-me quase feliz e, involuntárias ou planejadas, são todas por acaso.

domingo, 17 de julho de 2011

Ser criança


Percebi que ser criança é tentar cantarolar duas sílabas estranhas ou mais. Ser criança é ter total inocência para rir e não se frustrar quando não se consegue falar. Ademais, só as crianças são felizes, pois tiram sorrisos das pessoas mais azedas. As crianças observam tanto e ficam caladas, tirando suas conclusões, que podem ser insanas ou somente simples.
Eu olhava nos olhos de uma criança, e tentava ao mesmo tempo saber como um ser pode ser feito de tanta pureza, tanta doçura. É um tipo de magia!
Quando se é criança, só se busca a paz. As crianças distribuem sorrisos. Ser criança é ter um só objetivo: ser feliz.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Um dia

Um dia a gente nasce
A gente chora, abre o olho,
Cresce e vive a vida

Um dia a gente ama,
Sofre, apanha
Dá a volta por cima

Um dia a gente se empolga,
Exagera, canta e grita,
Um dia a gente briga

Um dia a gente sonha,
Fica cheio de esperança
E, de repente, dança

Um dia a gente para,
Pensa e se dá conta
Que cada dia é um dia
E um dia pode ser tudo na vida.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Falta fé (em nós mesmos)


Falta fé. Ou não? Você está lendo e pensando que eu sou louco por estar dizendo isso. Como eu posso dizer que neste país falta fé? Parece que aqui no Brasil as pessoas são muito mais religiosas, e acreditam em Deus muito mais que as pessoas de outros países acreditam. Como eu posso dizer que falta fé?

Bem, aqui no Brasil há muitos católicos, evangélicos, espíritas, enfim. Não importa a religião, mas a maioria ama e acredita em Deus. Isso é bem verdade.
O problema acontece quando a fé ultrapassa certos limites da razão, e também quando o homem quer somente ter fé.

Uma vez, li uma frase que achei interessantíssima e nunca mais esqueci: “Não basta olhar para o céu com pouca luta!”
Perfeito! Algumas pessoas querem apenas rezar, querem apenas entregar os problemas “nas mãos de Deus” e deixar a luta de lado. O homem tem de ir à luta, tem de fazer acontecer. Ter fé também é importante, mas as pessoas não podem ficar esperando, inertes, diante dos acontecimentos, a divina boa vontade.

No contexto mundial, parte das pessoas se perdem em um fundamentalismo religioso que, no meu modo de ver, é desnecessário. Pode ser que haja importância histórica para isso, mas alguns homens contemporâneos estão querendo trazer para os dias de hoje um Deus medieval, e acreditar que este é punitivo e implacável.
Acredito que Deus não quer o sofrimento humano, não quer a morte por violência. As guerras, muitas vezes iniciadas por vingança ligada à esfera religiosa, atingem pessoas que, muitas vezes, nem mesmo sabem o porquê de tal guerra.

E tudo isso se desenvolve pela crença que alguns homens têm em seu Deus. Isso acontece porque algumas vezes a fé deixa o homem alienado. Matar por Deus? Não, não mesmo! O melhor seria que o homem acreditasse um pouco mais em si mesmo, e garantisse seu bem estar através de si próprio, sem precisar esperar por um aval divino.
Seja ele Deus, Jesus Cristo, Davi, Jeová ou Alá, acredite. Pode acreditar. Mas creia um pouco mais em si mesmo. Tente, antes de tudo, resolver as coisas sem a alienação religiosa.

“Tenha fé em Deus, tenha fé na vida”

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Balanço


Lembro-me muito bem: sonhava em sentar no balanço e alcançar o mais longe que desse. Tentava com esforço e impulso voar para o mais alto que pudesse. Lembro-me de ser feliz por estar tendo um incentivo, por saber que alguém acreditava, assim como eu, que o céu era o limite. E, se houvesse mesmo limite, alguma hora eu o atingiria.
Hoje, eu vejo que voei, mas nem tudo que queria alcancei. Desde aquela época, quando era um pequeno menino esperto e inquieto, só queria subir ao céu, dar um longo salto para o alto. Mas o que eu queria mesmo era saber se havia algo melhor que a felicidade. Outro dia, sentei-me num balanço para ver se alcançava o céu...continuo feliz por receber alguns incentivos. No entanto, ainda não encontrei nada melhor que a pura e simples felicidade.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Escolhas

Eu escolhi ter você ao meu lado. Eu decidi fazer um disparo de qualquer maneira, e atirei errado. E agora eu ando por aí, desatinado. Atrás de um alguém, sempre calado, é claro.
Meu cão não leva a vida de cão que eu levo. E, ao contrário de você, a primeira opção dele sempre sou eu. Mas eu te entendo, e sei que todo mundo escolhe alguma coisa. Você escolheu me deixar, e como pôde? Como pôde fazer isso comigo? Mas entendo, juro que entendo. Me apeguei facilmente, escolhi errado.
Na verdade eu exagerei, fui apressado. A carência acabou comigo, e eu escolhi errado. Será que eu errei tanto assim? Não, não acho isso. Eu simplesmente escolhi errado.
Assim como uma banda que escolhe a menos famosa música de trabalho para tocar nas rádios; assim como meu amigo que escolheu o carro mais fraco para comprar; assim como meu cachorro que escolheu a hora mais complicada para querer brincar; assim como todos que escolheram à matroca, mas não estão satisfeitos e sim conformados. Eu escolhi você para amar sem nenhum medo de errar, sem dúvida, sem pecado. Entretanto, escolhi eu errado.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Desigualdade


No Brasil, a desigualdade está muito perceptível. Em alguns lugares do país, a miséria é extrema, e se opõe a riqueza, que também é exacerbada. Parece não haver meio termo: ricos são muito ricos e pobres são muito pobres. No entanto, existe uma camada em ascensão, uma camada emergente que está mudando a cara dessa desigualdade brasileira.

Algumas pessoas conseguiram migrar para uma melhor classe social (de D e E para C, por exemplo), e estão conseguindo obter uma melhora significativa em suas vidas. Há no Brasil, em algumas regiões um pouco desconhecidas, uma miséria chocante. Em pleno ano 2011, ainda é possível ver pessoas subnutridas, com péssimas condições de vida. Pense: você compra um ingresso para o Rock in Rio por noventa e cinco reais (meia entrada), certo? Para algumas pessoas, noventa e cinco reais é uma fortuna. E eu não estou exagerando. Não critico nossos altos gastos, mas critico o fato de que nem todas as pessoas podem gastar o que gastamos com certa facilidade.
Por outro lado, há pessoas que vão de helicóptero para casa. Há pessoas que moram em coberturas avaliadas em milhões e etc.

O que ocorre é que a camada rica da sociedade, por ter alto conhecimento com pessoas importantes, e grande influência - mesmo que implícita - em decisões políticas, é beneficiada por alguns políticos desonestos e, consequentemente, também recebe maior parte da atenção das pessoas que deviam olhar por todos na sociedade.

Por que fulano não pode se divertir tanto quanto cicrano? Por que fulano não pode ter a mesma roupa ou o mesmo lazer que cicrano? Sim, eu entendo que não há possibilidade de se implantar o socialismo. Acredito que o Brasil está muito avançado economicamente, e o capitalismo já tomou o “1° lugar” do sistema econômico, porém, a camada mais pobre da sociedade deve ter o direito de viver uma vida com dignidade.

O país só vai mudar quando a fome acabar, e a educação sofrer uma mudança. Enquanto houver uma maioria de políticos corruptos, desonestos e desinteressados em combater os maiores problemas do Brasil, as camadas menos favorecidas vão sofrer com o preconceito da sociedade, e também com a falta de informação, que acarretará, posteriormente, numa sociedade sucessiva e persistente em seus erros e em sua desigualdade social.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Casamento homossexual



É oficial: pode haver casamento gay. E por que não podia?
Na minha opinião, só não podia porque o preconceito era maior. Não podia porque a hipocrisia tomava conta de algumas mentes que não queriam funcionar e não lutavam contra o preconceito tirano.

Absurdo? Não vejo absurdo algum em homossexuais poderem oficializar uma união. Ademais, como escreveu Cazuza em uma de suas letras, "todo humano é santo e pode amar". Eu concordo. Todos têm o direito de amar. E, ao contrário do que muitos pensam, ser gay não é ser anormal, não é ter doença. Homossexualismo parece, mas não é sinônimo de falta de pudor. O problema é que a maioria das pessoas têm medo da reação da sociedade, que parece, muitas vezes, querer usar "guilhotinas" para resolver alguns casos.

As coisas não podem funcionar assim. As pessoas devem entender que estamos no século XXI, numa era nova, caminhando ao lado da modernidade. Entretanto, o respeito deve sempre falar mais alto, e nunca precisar gritar. O respeito deve ser uma moeda única, que as pessoas trocam entre si todos os dias. Ninguém é obrigado aceitar a opção sexual do outro, porém, deve-se aceitar que um homem tem motivos para amar outro homem e uma mulher tem motivos para amar outra mulher.

Contudo, o movimento gay não pode querer reivindicar qualquer coisa, e se passar por um movimento totalmente oprimido. Não podem deixar o interesse tomar conta do ideal. Seria estupidez fazer um alvoroço por bobagens.

Acredito que a verdadeira ideia seja amar, e que os homossexuais quiseram oficializar uma união que, por muitas vezes, era estável mas não era oficial como as uniões heterossexuais podiam ser.
O que eu acho mais interessante é que agora, com a oficialização da união homoafetiva, mais crianças serão adotadas e haverá menos órfãos. Mais crianças recebrão amor, atenção e carinho.

Não sou homossexual nem faço parte de nenhum grupo simpatizante. Não tenho nada contra gays. Até acho que "classificar" pessoas como gays é uma coisa parecida como separar rico e pobre, preto e branco. Espero que as pessoas agora possam ser mais felizes, amando, independentemente da opção sexual.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amor ao mar


- Acho que você tem que ir embora e me deixar em paz. Acho melhor a gente parar por aqui.
- Mas por que, meu bem, se eu te amo?
- Porque você me ama demais, Roberto!
- Pois é, eu não entendo. Eu te amo demais e você sabe. Qual é o problema?
- O problema é que não há reciprocidade, e no nosso amor tá pintando dor. No amor não pode pintar dor, Roberto.
- Não há reciprocidade? Então tá certo...eu vou embora! Você tem o direito de me amar da mesma forma que eu te amo ou até mais, mas nunca menos.
- Me perdoa, Roberto?
- Ágatha, vai pro inferno!

E na mesma hora, Roberto saiu rapidamente daquele flat no Leblon enquanto pensava que nunca deveria ter entrado lá. Depois de 4 meses de uma relação intensa, Ágatha não queria prolongar a ilusão do namorico, e alimentar as esperanças e as ideias de Roberto.
Era fim de tarde e Roberto foi em direção ao mar. Sentou-se na areia e tomou uma decisão: desde aquela tarde, só amaria o mar. O mar não lhe causaria dor, e nem diria o quanto poderia amá-lo. O mar seria seu companheiro fiel.
Infelizmente não foi assim. Tempos depois, Roberto descobriu em si uma grande solidão acompanhada de certa angústia. Percebeu que havia feito uma bobagem, e que ninguém ama como deve, só exagera tudo e muito. Não deixou de amar o mar, mas agora, viu que poderia dar amor ao mar e a outro alguém. Sem medir!

terça-feira, 26 de abril de 2011

O som da madrugada

É cru, homogêneo e cruel
Triste como um carregado céu
Porém solitário e suave

Junta-se ao frio da noite
E ecoa por todo o céu azul
Vai pelo ar de norte à sul

É bonito e convida sempre
Todos os amantes da madrugada
A escutá-lo

E perturba aos mesmos amantes sempre
Demasiadamente perturba
Aos mesmos amantes (...) sempre

É costume, é mania
Sentir-se só, com poemas e bebidas
E, ao som da madrugada
Ter ideias frias.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Atitudes e palavras


Alguns dizem que atitudes valem mais que mil palavras. Verdade? É, pode até ser. Mas às vezes, precisamos das palavras. Acredito que atitudes e palavras se complementam. O problema é quando a atitude passa os limites, e o nível de comunicação cai.

Nem todo mundo vive só de atitudes. Com as palavras, nós podemos explanar nossos pensamentos, nós podemos mostrar o que realmente queremos. As palavras podem ser tão fortes quanto algumas atitudes. Entretanto, é perceptível como a maioria das pessoas vive com o "imediatismo". As pessoas querem que tudo aconteça ao mesmo tempo, sem delongas e sem mais nem menos. O que importa é acontecer. "Eu quero agora, já!".
Esse é um conceito que, ao meu ver, é antigo. A comunicação entre o homem avançou bastante nos últimos anos. Há várias formas para haver a comunicação. E, através das palavras, o homem pôde continuar com a diplomacia, com a conversa, com a exposição de pensamentos. Portanto, a comunicação nos ajuda a pensar antes de tomar atitudes que, por serem imediatas e impensáveis, podem ser extremas e errôneas.

Em outras palavras, atitudes comprovam a nossa vontade de fazer acontecer. As atitudes que tomamos podem mudar nossos destinos. As nossas atitudes nos levam a qualquer caminho, seja ele bom ou ruim.

Palavras não são apenas palavras. Elas podem fazer com que tornemos mais flexível o caminho para tomarmos nossas atitudes. E, talvez sendo mais pesada, a palavra pode ferir mais que uma atitude.
Fisicamente, um soco deixaria marcas, que sumiriam com alguns cuidados e com o passar dos dias. A dor física é superada, mas a psicológica requer um cuidado maior. As palavras são coisas que tornam ou não alguém impotente ou não. As palavras entram nos nossos ouvidos e, em muitos casos, não saem. Ficam batendo à porta dos nossos pensamentos por tempo indeterminado. Às vezes, uma palavra pode ser o golpe mais duro que uma pessoa pode levar.

Então, é preciso analisar muito bem as palavras e atitudes, pois palavras quando são soltas, podem voar sozinhas e trocar suas roupas ao chegarem em outros ouvidos. E atitudes devem ser tomadas no momento certo e com precisão, para que não precisemos chegar em casa, parar para refletir e ligar para aquele grande e velho amigo que fica sempre perto da gente, o arrependimento.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Uma vez mais

Você me veio a cabeça
E dela não sai mais
Madrugada de lua cheia
Noite que meu amor me trai

Me trai porque me faz
Pensar em ti demais
Te querer e não poder
Te ter uma vez mais

Mas por vingança, dou o troco
Sou cruel com meu amor
Engano a ti e a mim mesmo
Só para não sentir a dor

Dor de amar e acordar
E nem sempre poder pensar
Acordar do sonho e perceber
Que não te tenho uma vez mais

sábado, 26 de março de 2011

Desculpas


E aí, moçada? Tudo numa boa?

Bom, uma conversa entre colegas me deu ideia para esse post. E o assunto surgiu assim, repentinamente, de modo que eu não consegui tirar da cabeça e tive de passar tudo para esse post. Então vamo lá...

Tenho certeza de que você conhece pelo menos uma pessoa que vacila várias vezes, sempre pisa na bola. E as desculpas são sempre as mesmas: "Fiz sem querer, "não foi por mal", "eu não queria que fosse assim", "o problema não é você, sou eu" e etc.
Parece que as pessoas perderam toda a criatividade para inventar desculpas mais comoventes. O lance é que todo mundo acha que ninguém vai perceber a "grande mentirinha" que a gente conta para poder disfarçar algo. E, cada vez mais, percebo que as pessoas cismam em sair pela tangente em vez de resolverem os seus problemas.

Na verdade, acho que as pessoas não imaginam como uma simples e também repetida desculpa pode causar certa confusão na cabeça de outras.
As desculpas de sempre só servem para dar tempo às pessoas que só vivem cheias de dúvidas, e que muitas vezes também fogem - ou pelo menos tentam fugir - da realidade.

Enfim, a criatividade está sumindo. As incertezas das pessoas estão florescendo. E nada como ganhar tempo para viver fora da realidade, que se torna demasiadamente confusa quando a vida nos faz pressão.

Desculpem-me pelo texto, mas não foi por mal que fiz essa coisa e deixei assim No Meio da Rua. Me desculpa? ;)

sábado, 19 de março de 2011

A roseira

Feriu-me com seu espinho
Mas, de verdade, não doeu
Deixou-me somente marcas
Marcas de amor

Nenhuma gota de sangue tirou-me
Mas uma marca deixou-me
Verdade, amor, saudade
Um desses sentimentos colocou dentro de mim

Feriu-me sim, mas sem vontade
Inocente, assim, tomou meu coração mais que pela metade

Quis apenas tornar-se eterna
Com uma, duas ou três farpas talvez
Mas como não me causou dor
Amor de verdade não me deixou

quarta-feira, 16 de março de 2011

As mentes pensantes


Pense: Não é bom estar ao lado de alguém que pense? Você, que está lendo este texto agora, com certeza tem capacidade de pensar. Porém, nem todas as pessoas pensam.
As mentes pensantes são perigosas. Perceba: Os ditadores mais cruéis e perversos, tiveram de intensificar seu poder e talvez, sem necessidade, derramar sangue e praticar atos violentos para instalar o medo. O medo não deixa ninguém pensar. Quer um exemplo? Adolf Hitler. Matou todas as pessoas que eram contra o nazismo. Assassinou, foi cruel, fez chacinas. Judeus, negros, homossexuais, etc. E hoje, estudando história, nós achamos que Hitler era, simplesmente, um tirano maluco e homicida. Não é bem assim! Claro, ele foi um assassino e tirano. Porém, essa era a sua grande estratégia de defesa. Se houvesse apenas um alguém que pensasse e tentasse pará-lo, já seria o bastante para ele não obter sucesso em seus planos. Uma mente pensante pode mudar tudo.

Há poucos dias, observamos ato semelhante feito pelo ditador da Líbia. Mais um tirano depravado no mundo? Não! Somente alguém com medo de uma possível mente pensante, capaz de ativar outras e iniciar uma revolução. Em tempos mais avançados, o ditador líbio não pôde derramar tanto sangue, e uma mente pensante iniciou na África uma revolução contra a tirania. Deu certo. A mobilização foi grande. E agora, Kadafi tenta manter sua pose de grande rei, mas sabe que tem que pisar em ovos.

Tem gente que se mantém inerte a atos violentos, repressores e tiranos, mas tem gente que vai à luta, corre atrás da liberdade que foi a nós concedida desde a chegada ao mundo.
A violência excessiva cometida por uns é só uma forma de inibir a capacidade de pensar dos outros. E os outros são muitos. Quando decidem pensar e agir, vão com tudo.

O Führer do Reich alemão foi um grande pensador, mas foi perverso. Na verdade, agiu de forma errada, e se perdeu em seus planos. Nem todos alemães eram tão nacionalistas a ponto de morrerem pela Alemanha. Por isso, Hitler fracassou. Fracassou porque algumas mentes pensantes não eram tão alemães a ponto de perderem suas vidas em uma guerra sem motivo.

Uma mente pensante é capaz de iniciar uma revolução contra algo que esteja "errado". As mentes pensantes valorizam a total liberdade e democracia. Reitero que, a violenta repressão é apenas um ato desesperado de medo. Medo de perder o poder. O homem, quando detém o poder por muito tempo e, de repente, o perde, se sente ameaçado a ponto de ficar louco.
O mundo mudará! E as mentes pensantes pensarão.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O telefone


Eram quase 2 da madrugada, e o telefone começou a tocar. Aquele toque irritante e alto, na verdade, me dava medo. O toque continuava, incessante, invadindo meus ouvidos e minha casa, me tirando a paz.
Sempre achei que as notícias que vinham por telefone eram ruins. Por isso, movi, no máximo, os olhos para confirmar meu desgosto pelo toque do telefone e ter certeza de que não iria atendê-lo. Eu só desejava que ele parasse de tocar. Não porque havia atrapalhado meu sono, mas sim porque eu estava com um certo receio. Achei que o telefone não fosse parar de tocar, e eu, sonolento e tenso, teria que atendê-lo e ouvir a pior notícia do mundo.
Não me passou pela cabeça a ideia de ser um engano ou um trote. Afinal, passar trotes já tinha saído de moda, estava fora de época.
Foram mais ou menos vinte segundos de tensão, intensos. Ouvindo aquele toque chato. Mas ele parou de tocar, e eu me tranquilizei. Alguns segundos depois, me arrependi...Pensei mesmo num alguém. Um alguém sozinho, do outro lado da linha, que assim como eu, não conseguia dormir e só queria atenção.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A banalização do "eu te amo"


A frase "eu te amo", ultimamente, está sendo usada de forma banal. Hoje em dia, algumas pessoas não enxergam o valor, e não sentem o peso da frase "eu te amo". A frase pode mexer seriamente com o psicológico de algumas pessoas. Dizer "eu te amo" não é dizer "oi" nem "bom dia". "Eu te amo" não significa cumprimento algum, e sim uma forma - e a mais bonita - de expressar todo o carinho e afeto que se tem por outras pessoas.
Parece que algumas pessoas estão usando esta frase como moeda de troca: diga "eu te amo" e ganhe o que quiser. Não, as pessoas não podem e não devem dizer a todos "eu te amo". O mundo não estaria em paz, caso disséssemos isto uns aos outros. A frase "eu te amo" deve ser dita às pessoas que realmente a merecem. Diga "eu te amo" ao seu pai, à sua mãe, à sua esposa, ao seu filho. Não use esta linda frase para pegar a(o) menininha(o) bonitinha(o). Quando realmente amar, diga que ama.
Quando quiser ser simpático, não diga nada. Sorria somente! É um bom jeito de demonstrar simpatia. Não se sinta obrigado em retribuir o mesmo sentimento, pois nem sempre tem de haver reciprocidade nas relações.
Ame muito, bastante. Mas só diga que ama se conseguir amar de verdade, amar de olhos fechados.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Selo de blog


Tudo bem, galera? Tão gostando dos posts do No Meio da Rua? Bom, espero que sim. Heheheh :)

Pessoal, recebi um selo de blog. Na verdade, recebi há bastante tempo, mas agora que resolvi colocar aqui.
O lance é que eu tenho que postar essa foto acima, fazer um comentário de quem me enviou, dizer 10 coisas sobre mim e passar este selo para 10 blogs, comunicando aos 10 blogueiros que enviei a eles este selo com a frase 'Este blog me faz refletir'.
Beleza? Vamo lá...

O comentário

Eu recebi este selo da Deb Mond, ex namorada de um amigo meu e ótima blogueira. Acho muito bacana a forma que ela tem de escrever. Estou mesmo feliz por ter recebido este selo, pois percebo que as pessoas curtem mesmo o meu blog.

10 coisas sobre mim

Eu sou fã do Freddie Mercury;
Eu sou fã do Cazuza;
Tenho uma paixão por motos e sonho em ter uma(Harley-Davidson);
Gosto muito de ajudar as pessoas;
Não sei andar de bicicleta;
Amo o Krav-Magá e sua história;
Eu vivo cantando;
Adoro escrever redações, textos, crônicas e me sinto muito tranquilo pra fazer isso;
Coleciono camisas de times, miniaturas de motos (HD) e miniaturas de personagens famosos;
E sou um cara intenso e extremamente apaixonado pelas coisas que faço, e por algumas pessoas também. Haha ;]

Blogs indicados

Por agradecimento e merecimento
www.acertezadeduvidar.blogspot.com

Ah, ele é meu brou e escreve bem
www.kenshinkaeru.blogspot.com

Gosto desse blog
www.fae-mous.blogspot.com

Outro blog que gosto, bacana
www.naviodohorizonte.blogspot.com

Acho esse com cara de textos interessantes e jornalísticos
www.opiniaocorderosa.blogspot.com

Ainda não tem muita coisa boa, mas é meio doido
www.espiritomemeico.blogspot.com

Blog da Mariana Gross - Além de ser famoso, é muito bacana
www.suspirada.blogspot.com

Blog que eu participo, e há muita coisa boa
www.momentoinspirador.blogspot.com

Não cheguei aos 10, mas, ao meu ver, cheguei aos bons.
É isso!
Um beijo.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Um versinho na última folha

Um versinho na última folha
Uma jura de amor já quase esquecida
A lembrança de um beijo bom
Na tua boca já esquecida

A sua imagem no meu pensamento
Me deixa feliz e amargo
Seu pouco amor me leva à tristeza
E seu beijo só me oferece pecado

Vou me perdendo
Nas tuas letras rabiscadas,
Nas tuas chantagens mal feitas
No meu amor por ti
Intenso

Com a boca, só me beijava
E com olhares me dizia
Uns versos apaixonados que transcrevi
Para a última estrofe de minha poesia.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Aqueles eram os dias da minha vida


Eu parei. Repentinamente parei. Depois de sentir como e quanto meu coração pulsava, eu parei. Mas parei para o nada. Parei para pensar, por um instante, na vida que eu estava levando, como estava vivendo e o que realmente importava pra mim. Comparei os meus dias de hoje com uns anos da minha vida antigamente...Ah, boas lembranças.

Naqueles dias, as minhas maiores preocupações eram saber como o desenho mais famoso da televisão terminaria, como decorar a tabuada do 7, como fazer para ganhar o boneco mais legal da loja. Eu ficava preocupado!
Enquanto fui crescendo, fui percebendo que as minhas preocupações e responsabilidades teriam de mudar. Comecei a pensar em profissões e em grandes e efêmeras paixões. Passou!

Depois o colégio foi me tomando, aos poucos, por inteiro. Só conseguia pensar em carreira profissional, formação intelectual e em grandes paixões. A música também sempre andou comigo, sempre me consumiu. Desde aqueles tempos até hoje tem sido uma grande paixão, que, sobretudo, não me decepcionou.

Estudar e passar no vestibular...Era isso que eu queria. É, de uns três anos pra cá, era isso que eu queria. Parece que consegui - Não como eu queria - mas consegui. Mais uma porrada da vida! E tá marcado. As marcas não estão no meu rosto, mas dentro de mim. As minhas preocupações agora me dão medo, e eu sempre as temo. Nessa vida, sempre há o que temer.
Sempre fui mimado e bem tratado. Nada de mau chegava até mim. As coisas ruins, as preocupações eram resolvidas antes que eu soubesse que elas existiam. Citando uma música do Queen, escrevi esse post e fiz esse título.
Ah, aqueles eram os dias da minha vida... (These are the days of our lives - Queen)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Fazer o bem sem o olhar a quem


Por que não fazer o bem? Por que hesitar em ajudar?
Dar ajuda a outras pessoas não significa sempre contribuir com dinheiro. Não significa sempre gastar algum valor. Ajuda, ainda que seja de qualquer tipo, é sempre ajuda. E o que me deixa triste é saber que existem pessoas que não conseguem mover um dedo sequer para ajudar quem precisa.

É claro que esse mês foi complicado, por causa das tragédias que aconteceram, mas não abordei esse tema só por causa da catástrofe na região serrana do Rio de Janeiro, e sim porque há tempos já percebia que, ultimamente, algumas pessoas conseguem ser capazes de não querer "interferir" na vida de outrem, e decidem não ajudar em nada. Muita gente nem se sensibiliza.

Doar é tão fácil, há tantos postos de coleta, mas as pessoas não querem. Não sei se é preguiça, falta de tempo ou vontade. Sei que o que mais vejo é gente egoísta.
Uma pessoa muito próxima me dizia que, devíamos 'fazer o bem sem olhar a quem', pois há muita gente no mundo que precisa da ajuda dos outros para sobreviver.

A fome, na minha opinião, é a coisa mais triste. O mundo só vai mudar quando acabarem com a fome. Quando sinto fome, compro qualquer coisa e como. Mas penso naquela criança que sente fome há dois dias, e não sabe quando vai conseguir uma refeição. A realidade é dura. Algumas pessoas olham para a máscara da realidade, que tá sempre sorrindo, mas, no entanto, a realidade é triste. Há gente no mundo que ainda não tem o que comer, que não sabe ler e escrever, que não consegue sorrir porque não tem força.

Eu gosto de ajudar. E não faço isso porque espero uma retribuição divina. Não mesmo!
Pelo contrário: acho que as pessoas devem dar sem pensar antes em receber. Receber é consequência, é um estímulo. Preto, branco, homem, mulher, não importa, a gente tem que ajudar. Ajudar faz bem.
E lembre-se: a ajuda não precisa ser necessáriamente com dinheiro, ela só tem de ser proveitosa e "humana". É tão bom trabalhar no bem!

Faça o bem sem olhar a quem. :)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Ironia

Meu amor, sempre quis
te encontrar longe
e algumas vezes perto pra
te trocar por um bis

Meu amor, se eu te amasse
Te amaria muito e pouco
meu bem, se me amasse
pra cair fora, daria um passe

Meu bem, meu bem, não chore
chore por mim, mas não chore
por nada nesse mundo que não esteja afim

Se eu me mandasse, você iria junto, baby
e ficaria perdida
pois com você, junto eu não iria
diria que iria e me mandaria

Se eu não te amasse,
viveria nas noites, pelos bares
bebendo e dançando, cantando
viveria a mais de mil
Ah, se eu não te amasse

domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano novo


É incrível: acho que são os segundos mais esperados pelas pessoas no mundo inteiro. A contagem vai terminando e, quando se chega nos dez segundos para a virada do ano, tudo passa como um filme. A emoção vai tomando conta das vozes, e alguns olhos vão se enchendo de lágrimas. Todos olham para o céu, e ficam ansiosos para a contagem terminar. Dez segundos demorados... Mas, de repente, boom! E as luzes incríveis, se mexendo no céu negro e lindo, os fogos coloridos, que parecem até ter vida própria. Parecem ter ensaiado uma coreografia durante muito tempo, para na virada do ano, tudo ser perfeito aos olhares das pessoas, seja em qualquer lugar.

E nasce outro ano. "O ano termina e nasce outra vez". Não nasce outra vez. O ano termina e nasce outro diferente, porque as pessoas não querem que nada se repita. Embora tudo tenha sido ótimo ou não, as pessoas não querem a repetição. As pessoas querem viver o ano novo, querem tornar a vida melhor do que era e não igual.

As lembranças voltam às mentes e algumas pessoas choram, por pensarem como foi difícil o ano que passou e, mesmo assim, elas conseguiram sobreviver. Outras pessoas choram, simplesmente, pela beleza que os fogos fazem no céu. Realmente é lindo.
Eu não choro. Não costumo chorar na virada do ano. Mas faço desejos, milhares de desejos...

Feliz ano novo!