quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Preto no branco

Céu, noite e nuvem
Água, fogo, fuligem
Yin yang, yen
Dólar, saúde, amém
Riso, choro, medo
Paixão, fogo e desejo
segredo
Calça, camisa, sapato
Eu, você, um pacto
Ele, ela, nós
E mais ninguém
Amar, o mar, ao mar
Além
Alma, alegria, discórdia
Saudade, pecado, perdão
Batida marcada no coração
Olho no olho
Certo e errado
Uma visão, um mundo, um pranto
espanto
Preto no branco
Luz e sonho

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Amortite


Dói. Às vezes, dói muito, incomoda, se torna desconfortável.
Quando dá no coração, ele incha, pulsa, pulsa, pulsa bem mais rápido, inflama.
Remédio que cure? O tempo. Ou talvez nem o tempo.
E há quem goste de saber que tem amortite, que está sentindo dor de amor. É uma dorzinha que às vezes faz bem à vida, dá ritmo e motivo.
Por outro lado, amortite causa cegueira, dor de cotovelo, sonhos e paixões impossíveis. Causa esperança.
Olhinhos brilhantes procurando o nada e sorrisos repentinos no canto da boca são os sintomas.
Muita gente prefere não assumir que está com amortite, pois têm medo da cura que, em alguns casos, deixa cicatrizes, marcas desastrosas na mente. Mas se amortite é dor, muitos concordam que existe um pouco de prazer....Ah, admitamos isto: quando a gente sabe que está com amortite, o que a gente menos quer é um remédio.