segunda-feira, 13 de junho de 2011

Falta fé (em nós mesmos)


Falta fé. Ou não? Você está lendo e pensando que eu sou louco por estar dizendo isso. Como eu posso dizer que neste país falta fé? Parece que aqui no Brasil as pessoas são muito mais religiosas, e acreditam em Deus muito mais que as pessoas de outros países acreditam. Como eu posso dizer que falta fé?

Bem, aqui no Brasil há muitos católicos, evangélicos, espíritas, enfim. Não importa a religião, mas a maioria ama e acredita em Deus. Isso é bem verdade.
O problema acontece quando a fé ultrapassa certos limites da razão, e também quando o homem quer somente ter fé.

Uma vez, li uma frase que achei interessantíssima e nunca mais esqueci: “Não basta olhar para o céu com pouca luta!”
Perfeito! Algumas pessoas querem apenas rezar, querem apenas entregar os problemas “nas mãos de Deus” e deixar a luta de lado. O homem tem de ir à luta, tem de fazer acontecer. Ter fé também é importante, mas as pessoas não podem ficar esperando, inertes, diante dos acontecimentos, a divina boa vontade.

No contexto mundial, parte das pessoas se perdem em um fundamentalismo religioso que, no meu modo de ver, é desnecessário. Pode ser que haja importância histórica para isso, mas alguns homens contemporâneos estão querendo trazer para os dias de hoje um Deus medieval, e acreditar que este é punitivo e implacável.
Acredito que Deus não quer o sofrimento humano, não quer a morte por violência. As guerras, muitas vezes iniciadas por vingança ligada à esfera religiosa, atingem pessoas que, muitas vezes, nem mesmo sabem o porquê de tal guerra.

E tudo isso se desenvolve pela crença que alguns homens têm em seu Deus. Isso acontece porque algumas vezes a fé deixa o homem alienado. Matar por Deus? Não, não mesmo! O melhor seria que o homem acreditasse um pouco mais em si mesmo, e garantisse seu bem estar através de si próprio, sem precisar esperar por um aval divino.
Seja ele Deus, Jesus Cristo, Davi, Jeová ou Alá, acredite. Pode acreditar. Mas creia um pouco mais em si mesmo. Tente, antes de tudo, resolver as coisas sem a alienação religiosa.

“Tenha fé em Deus, tenha fé na vida”

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Balanço


Lembro-me muito bem: sonhava em sentar no balanço e alcançar o mais longe que desse. Tentava com esforço e impulso voar para o mais alto que pudesse. Lembro-me de ser feliz por estar tendo um incentivo, por saber que alguém acreditava, assim como eu, que o céu era o limite. E, se houvesse mesmo limite, alguma hora eu o atingiria.
Hoje, eu vejo que voei, mas nem tudo que queria alcancei. Desde aquela época, quando era um pequeno menino esperto e inquieto, só queria subir ao céu, dar um longo salto para o alto. Mas o que eu queria mesmo era saber se havia algo melhor que a felicidade. Outro dia, sentei-me num balanço para ver se alcançava o céu...continuo feliz por receber alguns incentivos. No entanto, ainda não encontrei nada melhor que a pura e simples felicidade.