sexta-feira, 20 de maio de 2011

Escolhas

Eu escolhi ter você ao meu lado. Eu decidi fazer um disparo de qualquer maneira, e atirei errado. E agora eu ando por aí, desatinado. Atrás de um alguém, sempre calado, é claro.
Meu cão não leva a vida de cão que eu levo. E, ao contrário de você, a primeira opção dele sempre sou eu. Mas eu te entendo, e sei que todo mundo escolhe alguma coisa. Você escolheu me deixar, e como pôde? Como pôde fazer isso comigo? Mas entendo, juro que entendo. Me apeguei facilmente, escolhi errado.
Na verdade eu exagerei, fui apressado. A carência acabou comigo, e eu escolhi errado. Será que eu errei tanto assim? Não, não acho isso. Eu simplesmente escolhi errado.
Assim como uma banda que escolhe a menos famosa música de trabalho para tocar nas rádios; assim como meu amigo que escolheu o carro mais fraco para comprar; assim como meu cachorro que escolheu a hora mais complicada para querer brincar; assim como todos que escolheram à matroca, mas não estão satisfeitos e sim conformados. Eu escolhi você para amar sem nenhum medo de errar, sem dúvida, sem pecado. Entretanto, escolhi eu errado.

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