
Eu parei. Repentinamente parei. Depois de sentir como e quanto meu coração pulsava, eu parei. Mas parei para o nada. Parei para pensar, por um instante, na vida que eu estava levando, como estava vivendo e o que realmente importava pra mim. Comparei os meus dias de hoje com uns anos da minha vida antigamente...Ah, boas lembranças.
Naqueles dias, as minhas maiores preocupações eram saber como o desenho mais famoso da televisão terminaria, como decorar a tabuada do 7, como fazer para ganhar o boneco mais legal da loja. Eu ficava preocupado!
Enquanto fui crescendo, fui percebendo que as minhas preocupações e responsabilidades teriam de mudar. Comecei a pensar em profissões e em grandes e efêmeras paixões. Passou!
Depois o colégio foi me tomando, aos poucos, por inteiro. Só conseguia pensar em carreira profissional, formação intelectual e em grandes paixões. A música também sempre andou comigo, sempre me consumiu. Desde aqueles tempos até hoje tem sido uma grande paixão, que, sobretudo, não me decepcionou.
Estudar e passar no vestibular...Era isso que eu queria. É, de uns três anos pra cá, era isso que eu queria. Parece que consegui - Não como eu queria - mas consegui. Mais uma porrada da vida! E tá marcado. As marcas não estão no meu rosto, mas dentro de mim. As minhas preocupações agora me dão medo, e eu sempre as temo. Nessa vida, sempre há o que temer.
Sempre fui mimado e bem tratado. Nada de mau chegava até mim. As coisas ruins, as preocupações eram resolvidas antes que eu soubesse que elas existiam. Citando uma música do Queen, escrevi esse post e fiz esse título.
Ah, aqueles eram os dias da minha vida... (These are the days of our lives - Queen)